3 DICAS DE PORTUGUÊS PARA AJUDAR EM SUAS REDAÇÕES ESCOLARES!
1 – APRENDA A USAR DE FORMA ADEQUADA OS PORQUÊS
No nosso dia a dia, principalmente no meio virtual, estamos muito habituados a usar a abreviação “pq” para todas as situações que envolvam o uso dessa expressão. Esse vício, no entanto, pode desfavorecer o uso correto dos porquês em situações mais formais, onde é de fato necessário que saibamos diferenciá-los, afinal de contas, cada porquê tem seu próprio sentido e significado, podendo ser utilizados como substantivos, pronomes, preposições, conjunções, etc. Veja a seguir:
1° PORQUÊ → Junto e acentuado
Escrito dessa maneira, o porquê é classificado como substantivo, por isso, deve-se usar essa grafia quando queremos expressar a ideia de razão ou motivo.
Por exemplo, na frase: “Não entendi o porquê de estarmos seguindo essa rota”.
Nesse caso, fica claro que o “porquê” é o motivo principal que levou a indagação da sentença.
2° PORQUE → Junto mas sem acento
Quando escrito dessa forma, o porque está classificado na categoria de conjunção, dessa forma, a maneira adequada de utilizá-lo é quando ele possuir o mesmo sentido a conjunção “pois”.
Por exemplo: “Não obteve a nota mínima para aprovação, porque não estudou o suficiente”
Aqui, temos o exemplo clássico do “porque” que poderia facilmente ser substituído pela conjunção “pois”.
3° POR QUÊ → Separado e com acento
Quando escrito de maneira separada e com acento, o “POR QUÊ” deve necessariamente compor a frase no final de uma pergunta, sendo classificado como pronome interrogativo, que vem seguido por um ponto de interrogação (?).
Por exemplo: “Não vamos mais ao cinema por quê?” (observe que logo após a palavra já encontra-se o ponto de interrogação).
4° POR QUE → Separado e sem acento
Esse tipo de grafia pode assumir dois usos: quando assume o papel de preposição ou seja, quando pode ser substituído pelo termo “pelo qual”ou quando é utilizado em perguntas, no início da sentença ou longe do ponto de interrogação, veja os exemplos a seguir:
Quando assume o papel de preposição: “Já entendi a razão por que fui escolhido”
(Perceba que, nesse caso, o “por que” poderia ser substituído pelo termo “pela qual”, sem que haja prejuízo ao significado da frase.
Quando é utilizado como pronome interrogativo: “Por que você não estudou ontem?”
(Perceba que, nesse caso, o “por que” encontra-se longe do ponto de interrogação (?).
2 – SAIBA A DIFERENÇA ENTRE O “MAIS” E O “MAS”
Para muitos, essa ainda é uma grande incógnita, já que esses termos possuem a pronúncia bastante parecida e a escrita difere-se apenas por uma letra, por isso, muitas pessoas não sabem a diferença e a aplicação correta do “mas” e do “mais”, que têm significado totalmente distintos e devem ser utilizados em contextos diferentes.
A palavra MAIS (com i), significa o oposto da palavra MENOS, ou seja, ela possui o significado lógico relacionado a soma ou aumento da quantidade de determinada coisa.
O MAIS pode ser utilizado também como advérbio de intensidade, pronome indefinido, preposição ou conjunção, como você pode ver no exemplo a seguir:
- “Preciso de mais horas de descanso.”
- “O vestido azul é mais”
- “Caso compre mais batatas, iremos ultrapassar a quantidade ideal.”
- “Que nosso futuro seja melhor e mais justo”
A palavra MAS (sem o i), possui um significado abstrato relacionado a adversidade, podendo ser substituído por outras expressões como “porém”, “contudo”, “entretanto” e “todavia”, além de poder desempenhar o papel de substantivo, advérbio ou conjunção. Veja nos exemplos a seguir:
Como substantivo – nesse caso, o “mas” geralmente virá fortemente associado a um defeito que faça sentido na frase em questão, como:
“Nem mas, nem meio mas, faça agora seus afazeres domésticos!”
Como conjunção adversativa – nesse caso, utiliza-se quando o remetente da sentença pretende expor uma ideia que seja contrária a ideia principal que já foi dita. Por exemplo:
“Eu sou bonito, mas hoje estou muito feio”
Como advérbio – Utilizado quando o “mas” é aplicado na sentença a fim de enfatizar alguma informação que já foi dita, por exemplo:
“Hoje a lua está tão linda, mas tão linda, que me vi apaixonado”
3 – NÃO UTILIZE “MIM” PARA CONJUGAR VERBOS
O uso do “mim” é absolutamente simples de se entender, mas ainda é muito comum observar pessoas, em situações do cotidiano, utilizando-o de forma equivocada, principalmente na posição de conjugação de verbos.
Para que não restem dúvidas: sempre que houver um verbo na oração, você só poderá utilizar os pronomes EU, TU, ELE, NÓS, VÓS e ELES (e suas variações) para conjugá-lo. Pois o termo “mim” é uma pronome oblíquo tônico, isso significa que ele só pode ser utilizado após o uso de uma preposição.
Por exemplo:
“Pega uma toalha nova para mim”
“Você, por acaso, está com raiva de mim?”
“Fim por fim, feito por mim”
- PRA MIM FAZER OU PRA EU FAZER?
Essa é sem dúvida a indagação mais comum e o erro mais recorrente da utilização do “mim”, tanto para quem fala quanto para aqueles que escrevem, por isso, saiba que a maneira correta de se falar é PARA EU FAZER. já que fazer é um verbo e deve ser utilizado com seu respectivo pronome!
Gostou do nosso conteúdo? Tem alguma dúvida sobre a aplicação dessas dicas no seu dia a dia? Comente aqui embaixo qual sua dúvida que iremos te ajudar a esclarecer!